Por Luiz Gomes Otero*, em abril de 2018.
O centenário da cantora Dalva de Oliveira, celebrado em 2017, foi o mote para a criação de um espetáculo musical que em 2018 ganhou lançamento em CD duplo. “Dalva de Oliveira – 100 Anos, Ao Vivo” reuniu um elenco de artistas de várias gerações e estilos musicais.
Dona de uma voz poderosa, cuja extensão ia do contralto ao soprano, Dalva de Oliveira foi estrela máxima da Era de Ouro do Rádio. Dalva teve importância fundamental para a formação de toda uma geração de cantoras, incluindo a de Angela Maria, que mais tarde influenciou Elis Regina, Maria Bethânia, Alcione e tantas outras. É um dos primeiros ícones femininos da música brasileira.
A intenção deste projeto foi mostrar que o repertório da Dalva é clássico e se ajusta a qualquer época, qualquer estilo. Foi muito importante reunir Angela Maria, Claudette Soares, Alaíde Costa e Leny Andrade, cantoras que conheceram e conviveram com a Dalva, com toda uma nova geração de vozes que estão acontecendo na música brasileira de hoje, como Filipe Catto, Júlia Vargas, Ayrton Montarroyos, Xênia França e as meninas das Bahias e a Cozinha Mineira (Assussena e Raquel Virgínia).
O álbum duplo que registra as noites em homenagem a Dalva de Oliveira é dedicado à cantora Célia, interprete de “Mentira de Amor”, que fez sua última gravação nesta apresentação.
Disco registra espetáculo dos 100 anos de Dalva de Oliveira
Celebrado em 2017, o centenário da cantora Dalva de Oliveira foi a inspiração para a criação de um espetáculo musical que em 2018 acabou ganhando um lançamento em CD duplo. “Dalva de Oliveira - 100 Anos, Ao Vivo” reuniu um elenco de intérpretes de várias gerações e estilos musicais.
Dona de uma voz mágica e incrível, cuja extensão era quase como as de cantoras líricas, Dalva de Oliveira foi uma estrela da Era de Ouro do Rádio. E teve uma importância fundamental para a formação de uma geração de cantoras, incluindo Angela Maria, que mais tarde influenciaria Elis Regina, Maria Bethânia e Alcione entre outras.
A intenção do projeto foi mostrar que o repertório da Dalva é clássico e se ajusta a qualquer época e a qualquer estilo. Reunir Angela Maria, Claudette Soares, Alaíde Costa e Leny Andrade, cantoras que conheceram e conviveram com Dalva, com uma nova geração representada por Filipe Catto, Júlia Vargas, Ayrton Montarroyos, Xênia França e as meninas das Bahias e a Cozinha Mineira (Assussena e Raquel Virgínia), resultou em uma mescla de talentos sensacional.
O disco traz momentos memoráveis, como a já citada Ãngela Maria com "Neste Mesmo Lugar" e Claudette Soares com" Segredo" (com a célebre frase “primeiro é preciso julgar pra depois condenar”).
É realmente emocionante ouvir Veronica Ferriani cantando a clássica "Fim de Comédia" e Filipe Catto cantando "Errei Sim". Ambos reverenciam a obra de Dalva de uma forma respeitosa e de extremo bom gosto.
O disco traz ainda Leny Andrade com "Há Um Deus" e Gottsha (entrevista com ela neste link), que encerra com a versão de "Hino ao Amor", de Edith Piaf, em português, que era uma marca registrada de Dalva. São tantos momentos bons que a audição desse CD duplo se torna algo obrigatório para o ouvinte.
Esse disco se tornou um bonito tributo e uma ótima oportunidade para as novas gerações entenderem um pouco sobre a importância de Dalva de Oliveira para a nossa música popular.
"Neste Mesmo Lugar"
"Segredo"
"Fim de Comédia"
"Errei Sim"
*Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy Santos, Lérias e Lixos e Resenhando.com. Criou a página no Facebook Musicalidades, que agrega os textos escritos por ele.