Por Helder Miranda, em abril de 2017.
"A Cabana", filme baseado no romance de William P. Yong o é uma bobagem. E deve ser apagado do currículo de Octavia Spencer, cuja participação nessa constrangedora produção só se justifica se ela ser fã do best-seller.
Nitidamente, foi um filme feito para a televisão que teve a sorte de ir para o cinema pelo apelo comercial do livro, que vendeu como água por onde foi lançado - só no Brasil foram 4 milhões. Isso só se justifica pela carência de pessoas em receber mensagens que tragam algum otimismo.
Mas o filme, que é sobre perdão, só consegue ser ridículo. Na reconciliação entre pai e filho, quando o pai, já morto, aparece na mesma tonalidade do filtro magenta no Instagram, ou quando o assassino de uma criança pequena aparece na forma de uma joaninha e recebe o perdão.
Sem contar as frases piegas que pincelam o filme inteiro, demonstrando que o filme deve ter sido fiel ao livro, afinal, é autoajuda. Alice Braga é um capítulo à parte. Recusa papéis importantes na TV brasileira, mas submete-se a qualquer porcaria norte-americana. Vê-la de vestido bufante azul enquanto falava com seriedade uma série de obviedades remeteu à fada de "Pinóquio", animação da Disney de 1940. Mas parecia mesmo uma cena de algum filme de "Os Trapalhões" perdido no tempo.
Sobre o autor
"A Cabana", filme baseado no romance de William P. Yong o é uma bobagem. E deve ser apagado do currículo de Octavia Spencer, cuja participação nessa constrangedora produção só se justifica se ela ser fã do best-seller.
Nitidamente, foi um filme feito para a televisão que teve a sorte de ir para o cinema pelo apelo comercial do livro, que vendeu como água por onde foi lançado - só no Brasil foram 4 milhões. Isso só se justifica pela carência de pessoas em receber mensagens que tragam algum otimismo.
Mas o filme, que é sobre perdão, só consegue ser ridículo. Na reconciliação entre pai e filho, quando o pai, já morto, aparece na mesma tonalidade do filtro magenta no Instagram, ou quando o assassino de uma criança pequena aparece na forma de uma joaninha e recebe o perdão.
Sem contar as frases piegas que pincelam o filme inteiro, demonstrando que o filme deve ter sido fiel ao livro, afinal, é autoajuda. Alice Braga é um capítulo à parte. Recusa papéis importantes na TV brasileira, mas submete-se a qualquer porcaria norte-americana. Vê-la de vestido bufante azul enquanto falava com seriedade uma série de obviedades remeteu à fada de "Pinóquio", animação da Disney de 1940. Mas parecia mesmo uma cena de algum filme de "Os Trapalhões" perdido no tempo.
Sobre o autor
Helder Miranda é editor do portal Resenhando há 12 anos. É formado em Comunicação Social - Jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos -Universidade Católica de Santos, e pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pela USP. Atuou como repórter em vários veículos de comunicação. Lançou, aos 17 anos, o livro independente de poemas "Fuga", que teve duas tiragens esgotadas.