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.: Resenha crítica de "Capitão América - Guerra Civil"

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Por: Mary Ellen Farias dos Santos*
Em abril de 2016


"Mexeu com a minha família, mexeu comigo". Essa não é só a máxima de muitos reles mortais, mas também é levada a ferro e fogo pelos super-heróis que duelam, emocionam e até fazem rir em "Capitão América - Guerra Civil". Tamanho defeito da realidade humana é o que gera inúmeros conflitos nas 2 horas e 28 minutos de filme.

Desta vez, Steve Rogers (Chris Evans) é o líder do clube de super-heróis, recém-formado: os Vingadores, composto por Viúva Negra (Scarlett Johansson), Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), Visão (Paul Bettany), Falcão (Anthony Mackie) e Máquina de Combate (Don Cheadle). Contudo, o grupo que objetiva salvar a humanidade, perde o controle -dos poderes- e causa justamente o inverso.

Eis que a pressão política cerca os defensores -que assumiram o posto de baderneiros matadores. Sendo assim, o governo passa a supervisionar as ações dos heróis, tendo em vista a desaprovação dos vingadores pelo público e imprensa

Entretanto, o ricaço Tony Starks (Robert Downey Jr.) pensa diferente de Steve e apoia tal medida tomada pelo governo. Logo, de um lado fica o grupo do Capitão América e do outro, os heróis seguidores do Homem de Ferro. Quem está certo e merece o apoio de outros heróis? Difícil ter certeza, pois até o fim a sua opinião sobre os personagens pode mudar.

Como Steve e Tony só entram em brigas para ganhar, a necessidade de recrutar novos membros -para ambos os lados- surge trazendo o incrível Peter Parker, Homem-Aranha (Tom Holland) e o hilário Homem-Formiga (Paul Rudd). Sim! Metade da participação dos dois personagens em combate é cômica, embora empenhem bem seus papeis como defensores -de seus grupos.

Miscelânea de heróis? Talvez. Em contrapartida, o enredo muito bem elaborado consegue surpreender, além de inserir devidamente cada personagem na trama e mexer com os nervos nos embates que são de tirar o fôlego, se bem que o 3D -do Cinesystem, Praia Grande- contribui e muito para a imersão do público na história. 

Nas lutas e perseguições há uma relação clara entre outros filmes. Seja com os clássicos de ação protagonizados por Jean-Claude Van Dame, as brigas "coreografadas", porém ágeis de deixar qualquer um com o coração na mão ou até a cena de perseguição ao inesquecível Coringa de Heath Ledger, de "Batman - O Cavaleiro das Trevas".

Contudo, é a participação do verdadeiro herói da Marvel, o super Stan Lee que mexe de vez com todos da sala. O coral de "Oh!" ecoa na sala de cinema diante do entregador da FedEX. Calminha! Segure-se, pois a caça ao senhorzinho é demorada, mas a aparição até que tem uma longa duração e é extremamente hilária. Em tempo, que bullying com Stark!!

Vale deixar um alerta aos afobados que saem correndo da sala de cinema, como se fugissem da cruz. Há cenas extras? Sim!! A primeira surge logo após os nomes dos atores principais estamparem a tela juntamente com a sombra de seus personagens interpretados. Incrível! 

Contudo, uma lambuja pipoca aos olhos após os créditos finais da produção dirigida por Anthony Russo e Joe Russo. Provocação para agarrar fãs para o filme de outro herói? Claro! Quem vai brilhar em um filme sozinho? Tom Holland. Que venha, um novo, decente "Homem-Aranha" e com chance de superar a atuação de Tobey Maguire. Amém! 



Filme: Capitão América - Guerra Civil (Captain America: Civil War, EUA)
Data de lançamento 28 de abril de 2016
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Elenco: Chris Evans, Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Paul Bettany, entre outros.
Gênero: Ação, Fantasia
Duração: 2 horas e 28 minutos


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Trailer de "Capitão América - Guerra Civil"




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